terça-feira, 23 de agosto de 2011

Crítica: S.W.A.T. - Comando Especial (2003)

O ano era 2003 e os Estados Unidos da América precisavam de alguma maneira manifestar seu poderio e supremacia sobre o resto do mundo, pois acabavam de sofrer um duro golpe em um dos seus símbolos econômicos e estava prestes a ingressar em uma guerra sem motivos (embora qualquer guerra não tenha motivo ou razão ou qualquer justificativa) contra o Iraque, apenas um plano do Hitler do século XXI, George Adolf Bush.

E uma das maneiras foi naquilo em que esta nação é especialista: o cinema. Um projeto da absolutamente comercial Columbia Pictures (da Sony) que consistia em um filme baseado na série homônima dos anos '80, que foi cancelada por excesso de violência. A série, como o próprio nome diz era sobre a equipe (melhor do mundo, segundo o filme) de elite do departamento de polícia de Los Angeles. S.W.A.T. (Special Weapons And Tatics) "Armas Especiais e Táticas".

O filme começa com uma equipe sendo chamada para impedir um assalto a banco em seu pleno andamento. Durante o resgate um dos integrantes da equipe, Brian Gamble (Jeremy Renner, de Guerra ao Terror), decide em questão de milésimos de segundos (como devem ser as atitudes de um membro da equipe numa situação de risco) disparar em um alvo, o acertando, porém atingindo também um refém. Não que o colocasse em qualquer risco de vida ou invalidez, mas o suficiente para gerar incomodações à corporação e ao Estado, no que esta vítima o processaria.

Daí conhecemos os personagens principais: o já citado Gamble e no que o filme tenta mostrar desde o começo ser seu amigo há muito tempo, Jim Street, (Colin Farrel, de Por Um Fio). Após o acontecido, são chamados por seu superior para reportarem o ocorrido, e o julgamento é dos mais hollywoodianos: o bonitinho fica e o feioso sai. Por este incidente, Gamble, não aceita e decide abandonar de vez a corporação e briga com Street por este não o acompanhar e decidir ficar, mesmo que rebaixado. Na discussão dos dois fica evidente a fragilidade do roteiro, decidido a qualquer custo mostrar que Gamble é muito malvado desde sempre e Street é o mocinho. Mocinho que logo retorna a equipe, com a entrada do Sargento Hondo, interpretado por Samuel L. Jackson. O veterano começa a montar uma nova equipe, onde também entram em cena também outros personagens, das quais apenas destaco Sanchez (Michelle Rodriguez fazendo o mesmo papel de Velozes e Furiosos, Resident Evil, Lost, ou qualquer outro que ela tenha feito, é sempre o mesmo),  personagem que, como todos os outros, não faz diferença nenhuma na história, como os mesmos membros de equipe caricatos e clichê de sempre: o fortão, o traíra, a gostosa, o bom moço, o paizão.

Após algumas missões bem sucedidas desta nova equipe, apenas para empolgar a platéia, surge o desafio que os ocupará até o final do filme. Alex Montel (Olivier Martinez, Infidelidade),  um mafioso bilionário procurado em mais de dez países, incluindo os Estados Unidos, decide ir pessoalmente até lá (notem a fragilidade do roteiro) para matar seu tio. Por quê um chefe de máfia, tão procurado, cruzaria o oceano, sozinho, apenas para fazer algo que um capanga poderia fazer? E ainda por cima é preso por dirigir com o farol apagado! Tudo se complica quando ele oferece via imprensa 100 milhões de dólares para qualquer um que o tirar de lá, aí entra a S.W.A.T., com musiquinha retrô e tudo.

Nem adianta tentar de novo Osama. Na próxima a gente te pega.
Após várias seqüências de ação com muito tiroteio, armas legais, explosões, aquele cara que desde o começo o roteiro já deixou bem claro que era mal e que ia voltar, ele mesmo, Gamble se une a Alex e o desfecho é uma empolgante corrida em busca do vilão e uma disputa entre os dois que antes eram amigos. Seguindo o manual hollywoodiano, o duelo final tem que ser no mano a mano, quando, após desarmar o seu inimigo, o mocinho também dispensa armas e vai de igual pra igual naquela lutinha que todo mundo sabe que só termina quando um é mais esperto que o outro e "puxa seu tapete" de alguma forma, como em Dia de Treinamento.

O filme ainda se dá o direito de arriscar uma crítica social, nem perto do que foi o nacional, e infinitamente superior "Tropa de Elite", em uma cena em que um policial negro prende um foragido negro, e uma mulher negra o repreende com algo como "-Isso mesmo! Prendendo o nosso irmão!", e o filme não pratica qualquer recurso pra dar um objetivo ou resposta do porquê daquilo.

O resultado final é apenas uma propaganda, que na época enganou muito bem, mas que pode sim ser uma boa diversão pipoca pra quem gosta de filme policial, tiroteio, armas, explosões, e a bela paisagem que é Los Angeles.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Desculpa esfarrapada

Quase 3 semanas parado, mas não há problema já que ninguém lê mesmo, mesmo assim venho me desculpar, estou escrevendo meu trabalho de conclusão do curso e as coisas estão corridas, e também não tenho tido muito assunto. Ontem foi meu aniversário e não há nenhuma novidade a se contar ou comentar além disso. Breve mais algumas lamentações em futuros textos.

Por hora, fiquem com essa imagem, a foto da coisa mais limpa, pura, bela, transparente e verdadeira, na (verdade a única por lá) encontrada nos últimos 60 anos em Brasília.